A poda é periódica e necessária, tem por objetivo aumentar a produção e a produtividade de uma planta com a eliminação de galhos ou ramos mortos, secos, ou que apresentem má formação, fazendo que a energia vital da planta não seja desperdiçada e permitindo um melhor desenvolvimento do vegetal.
Com os seres humanos ocorre o mesmo – em maior ou menor intensidade, de uma forma ou de outra, é escolhida a época e a poda mais adequada para cada um de nós.
Comigo, depois de adulto, já foram duas que eu me recordo. Doloridas, perigosas, mas Graças a Deus, muito frutíferas.
Em 1998, quando eu tinha 33 anos, entristeci e entrei em depressão repentinamente sem motivo aparente e aviso prévio que eu tenha notado. Já casado, com a Patricia – mulher que amo – e com dois filhos pequenos e maravilhosos, Marcela com menos de 3 anos e Bruno com menos de 2 anos, fiquei sem esperanças, sem perspectivas, nada mais fazia sentido, a vida sem beleza e graça, me sentindo inútil e – profundamente triste. Emagreci e me isolei, zumbi no trabalho e ausente em casa.
Superada esta fase, muita coisa positiva e boa aconteceu, mas…em 2014, com 50 anos…
Estava sendo atropelado por acontecimentos e por tantas noticias e coisas ruins que nos cercam no dia-a-dia, pela disputa de poder e ego dos meus colegas de trabalho, pela intolerância, individualismo, falta de respeito, pelo e se, e se…, por olhar para trás e pensar o quê eu havia feito de útil na vida e o quê eu faria e seria no futuro?, falta de perspectiva, falta de autoestima, sem saída!
Uma espiral onde os pensamentos não paravam. Pior, aceleravam! Coisas simples se tornaram extremamente difíceis, os pensamentos se embaralharam, dificuldade para concatenar ideias, se concentrar, não conseguia ler direito, raciocinar, sentia medo, insegurança e tristeza novamente.
Num primeiro momento tentei resolver a situação por conta própria, afinal, já havia passado por algo semelhante. Só que eu estava perdendo o jogo!
Desta vez não demorou muito para perceber este fato, talvez uns três meses, e resolvi expor os meus sentimentos para a minha esposa e filhos, para que tudo ficasse claro e como forma de obter ajuda.
Do sucesso obtido em 1999, resolvi procurar novamente a terapia alternativa. Só que a terapeuta – Mary – já não estava em São Paulo e não consegui pessoa que fizesse este tipo de trabalho. Acabei sendo orientado a procurar um acupunturista e fiz tratamento com as agulhas por alguns meses e… nada!
Com o agravamento acabei procurando psiquiatra, comecei a tomar remédio e fazer terapia. O mais efetivo para aquele momento foi mesmo o remédio, a fé e a providência Divina!
O remédio começou a surtir efeito e fui desacelerando e criando forças e recursos que já havia perdido – ajudou a dar o primeiro grande movimento.
A providência Divina… – realmente não estamos sozinhos nunca! O Anjinho da Guarda foi experto, hábil e oportuno!
Em uma festa de família conhecemos pessoalmente a Mônica, que a minha esposa presta serviços virtualmente. Empatia desde o primeiro olhar, conversamos muito, mas em seguida tomamos rumos diferentes na festa. Até que do nada, a Mônica foi conversar com a Patricia. E conversaram, conversaram e conversaram – mulher fala um monte mesmo! No caminho de volta pra casa a curiosidade gritou e eu perguntei o que elas tanto fofocavam: era sobre o Walter – profissional de PNL – programação neuro linguística e que rapidamente havia tratado e resolvido alguns casos que atrapalhavam a Mônica.
Comecei a ser atendido pelo Walter e com a técnica da PNL fui limpando os problemas, as atitudes e os padrões comportamentais negativos, tomando conhecimento e consciência de tudo que estava me cercando e “instalando” padrões positivos no meu subconsciente. Foi ficando cada vez mais claro que precisa fazer algo, um projeto – a caridade, o voluntariado!
O bem conspira para o bem e no momento em que percebi esta vocação e resolvi que o quê aparecia ser meu desejo era na verdade a minha vontade, as oportunidades começaram a aparecer. E o movimento foi crescendo a princípio devagar, mas como uma espiral, só que agora, positiva!
Foi assim que um colega de trabalho – o Anderson – me falou do trabalho da Nossa ONG e da Nina. Resolvemos entregar pra Nina alguns brinquedos para o dia das crianças de 2015. Também foi empatia de cara e fomos convidados a participar dos preparativos e da festa do dia das crianças para o Cantinho da Tia Lourdes e Casa Victor Adriano.
E do nada pipocou no face o Entrega por SP e aconteceu nossa primeira participação em atividades com moradores de rua.
Outros eventos foram se sucedendo e a minha participação e da Patricia foi acontecendo em colaboração com outros movimentos.
Agora nós criamos o “Tão pouco. ..tão muito!“, projeto próprio em que colocamos muita fé!
Com todos estas atividades percebi que era isso que eu sentia falta!
A certeza que felizmente tem muita, mas muita gente fazendo o bem e se solidarizando com quem precisa de apoio e carinho. Pessoas que fazem o serviço como voluntários, sem disputa de poder, sem egocentrismo, com humildade, respeito, apenas para fazer o bem e tratar humanos com humanidade!
Aprendi que precisamos divulgar o bem como forma de expandir o amor ao próximo, para salvar pessoas, contagiar e convidar todos para participarem de um mundo mais fraterno!
Mostrando o quanto é gratificante, empolgante, fazer a diferença com ações voluntárias!
A certeza que fazer, divulgar e promover o bem é uma das causas mais nobres que existe!
“Somos todos iguais”
“O amor é Eterno”
“Gentileza gera gentileza”
“Quando fazemos o bem não o fazemos sozinhos, existem alavancas de luz nos impulsionando sem que saibamos”
“Tão pouco…tão muito!”
Alberto del Nero Millan